A remuneração variável oferece algumas vantagens no processo de gestão de pessoas. No entanto, é uma prática que ainda não é adotada por muitas empresas por ser algo relativamente mais recente. Alguns anos atrás, a maior parte das pessoas buscavam empregos com salários fixos e elevados.
Todavia, o cenário mudou e muitos colaboradores atualmente estão em busca de oportunidades que remunerem de acordo com o desempenho obtido naquele período.
Por isso, buscam uma remuneração variável com o intuito de que possam alcançar melhores salários à medida que se esforçam mais para tal.
Visando auxiliar na gestão de pessoas, trouxemos algumas informações sobre a possibilidade de adotar a remuneração variável como estratégia em seu negócio, para que consiga respeitar a Lei Trabalhista e atender ao desejo de seus profissionais.
O que é remuneração variável?
A remuneração variável é uma forma de compensação salarial que não é fixa ou constante. Em outras palavras, é uma forma de oferecer ao profissional uma remuneração que está sujeita a mudanças com base no desempenho, metas alcançadas ou outros critérios predefinidos.
Uma remuneração variável pode ser um fator que motiva a melhora do desempenho individual, de equipe ou organizacional. Tendo em vista que, os profissionais podem perceber que dedicar esforços para alcançar os objetivos estabelecidos pelos líderes possibilita a obtenção de bons resultados financeiros.
A abordagem, portanto, visa motivar os colaboradores a alcançarem as metas traçadas, contribuindo para que a empresa alcance os resultados esperados. Todavia, é importante que o processo seja feito com transparência e as metas estabelecidas sejam realmente possíveis de alcançar.
Quais são os benefícios da remuneração variável?
Oferecer remuneração variável para os colaboradores pode desencadear uma série de benefícios, como é o caso de:
1. Atração e retenção de talentos
Ao oferecer incentivos financeiros adicionais a empresa pode ter maior facilidade de reter talentos, pois os funcionários têm uma motivação extra para permanecer na empresa e contribuir para seu sucesso a longo prazo. Uma vez que, o sucesso do negócio se reflete no sucesso financeiro de cada colaborador.
Quando a equipe percebe que a empresa valoriza seu trabalho não apenas em palavras e oferece uma remuneração acima da média em comparação com as empresas concorrentes, é natural que todos queiram manter seus empregos e apresentar um alto desempenho.
Portanto, é útil trabalhar com a remuneração variável visando que os melhores profissionais façam parte do seu time e não da concorrência direta.
2. Alinhamento com metas e desempenho
Ao vincular a remuneração ao desempenho e metas da empresa, cria-se um alinhamento de objetivos entre os funcionários e a organização.
Isso pode resultar em uma força de trabalho mais comprometida com os objetivos da empresa. Também é interessante ter indicadores individuais.
Muitas vezes um colega se esforça intensamente para alcançar o objetivo, mas o restante da equipe não performa bem. Se o que se esforçou não for reconhecido, a empresa está criando o cenário perfeito para desmotivar quem dá o seu melhor e se compromete com as metas.
3. Estímulo à produtividade
A remuneração variável motiva os funcionários a alcançarem metas específicas e a melhorarem seu desempenho, uma vez que sabem que a empresa os recompensará financeiramente por seus esforços.
No entanto, é necessário que a empresa pague um valor que realmente estimule a equipe. Se o valor não é significativo ou é muito abaixo daquilo que os colaboradores consideram justo, a tendência é que a empresa não alcance o estímulo desejado.
Portanto, é útil que exista coerência em relação aos valores oferecidos versus as metas impostas, para que se possa ter o efeito pretendido.
4. Aumento da competitividade em seu mercado
Oferecer remuneração variável pode tornar a empresa mais competitiva no mercado de trabalho, atraindo profissionais talentosos que buscam oportunidades de ganhos adicionais com base no próprio desempenho. Afinal, todo profissional deseja ganhar bem.
E quando isso depende apenas da pessoa, é natural que ela fique satisfeita com as oportunidades que a empresa oferece. Para tal, é importante que as metas sejam coerentes e a empresa realmente dê condições de trabalho para que o profissional possa alcançar os objetivos idealizados.
5. Cultura que valoriza os resultados
A remuneração variável promove um ambiente de trabalho onde os funcionários estão mais focados em alcançar resultados tangíveis, o que pode impulsionar a inovação e a eficiência em todos os setores do negócio. O que desencadeia um importante diferencial competitivo.
Quais as características da remuneração variável?
É interessante perceber que os responsáveis pela empresa precisam avaliar algumas características intrínsecas do formato da remuneração variável. A instituição desse formato de pagamento deve beneficiar a todos, entenda mais detalhes:
É uma forma de pagamento flexível
Um ponto que não pode ser ignorado é que a remuneração variável é flexível. Portanto, não é um custo fixo da empresa.
Em cada período é possível adaptar as condições de pagamento à realidade financeira do negócio. Em períodos de crise, o valor pode ser adaptado para não pesar no orçamento e ainda estimular a equipe.
Dessa forma, a empresa consegue garantir bons resultados em praticamente todos os cenários, sem que seja necessário ter um alto custo fixo mensal. Afinal, o pagamento de valores variáveis irá ocorrer de acordo com os resultados da equipe.
Portanto, a empresa realiza o pagamento apenas quando a equipe proporciona um retorno positivo em produtividade, gerando caixa suficiente para efetuar o pagamento.
Variação com base no desempenho
A remuneração variável tem como principal característica estar atrelada ao desempenho da equipe. A empresa define metas com clareza e transparência, e ao alcançá-las, a equipe recebe o pagamento de bônus ou comissão, por exemplo.
Portanto, o valor nunca é igual ao mês anterior e sempre depende da performance da equipe ou profissional individualmente.
Aplicação em diferentes setores
A remuneração variável pode ser aplicada em praticamente todos os setores de um negócio. No Brasil ainda há uma cultura de que a empresa geralmente oferece remuneração variável para profissionais que atuam no setor de vendas e remuneração fixa para profissionais administrativos.
Todavia não é necessário que todas as empresas sigam esse comportamento. É plenamente possível ter métricas para cada setor e remunerar de acordo com a performance, trazendo incentivo para que todos os profissionais melhorem o próprio desempenho diariamente.
Remuneração Variável vs. Remuneração Fixa
A remuneração variável não concorre diretamente com a remuneração fixa. Ambas podem coexistir dentro de uma estratégia para desenvolver um pacote de remuneração equilibrado, que atraia talentos para a empresa e mantenha os profissionais satisfeitos com sua remuneração.
É importante perceber que existem vantagens e desvantagens em cada abordagem, por isso mesmo, combiná-las para criar uma remuneração equilibrada demonstra ser o melhor caminho para empresas que desejam motivar seus colaboradores e impulsionar o próprio crescimento.
Entenda mais detalhes sobre as diferentes remunerações
A remuneração fixa compreende o salário-base, englobando a política previdenciária, vale-transporte, plano de saúde e vale-refeição. O rendimento fixo é estabelecido no contrato de trabalho e só varia em função de faltas, descontos em folha ou horas extras.
Por outro lado, a remuneração variável abrange bônus, gratificações, comissões, participações acionárias e todos os outros benefícios que variam de acordo com os critérios acordados entre o profissional e a empresa.
Portanto, são valores que mudam e geralmente os profissionais se sentem incentivados a melhorar a própria performance com o intuito de alcançar o maior valor possível a cada ciclo de pagamentos.
Vantagens e desvantagens de cada abordagem
No caso da remuneração variável, existem as seguintes principais vantagens a considerar:
- Aumento da motivação dos profissionais;
- Incentivo da cultura de meritocracia no negócio;
- Fortalecimento da visão e missão da empresa;
- Diminuição de custos fixos.
Todavia, também existem as desvantagens atreladas ao modelo, que são:
- Metas que não são bem definidas diminuem o engajamento e desmotivam os profissionais;
- Dependendo do setor é bastante difícil encontrar os indicadores para acompanhar com clareza de informações;
- Se não for corretamente pensado, o modelo pode gerar estímulos negativos.
Assim como a renda fixa, o modelo de remuneração variável possui seus pontos positivos e negativos. Esses aspectos precisam ser avaliados para definir projetos que minimizem impactos negativos e potencializem as vantagens do sistema de pagamento.
Enquanto o salário fixo apresenta como vantagens:
- É previsível e simples de implementar;
- Proporciona estabilidade financeira para o colaborador.
E em contrapartida, o modelo apresenta algumas desvantagens que podem pesar no longo prazo, que são:
- É um custo fixo, que pode pesar no orçamento da empresa em momentos de crise;
- É um modelo que não incentiva o profissional a produzir mais a cada mês por ser desconexo do desempenho.
Dependendo do setor de atuação da empresa a estratégia mais interessante é realmente combinar os dois tipos de remuneração com o intuito de gerar um pacote de benefícios que atrai os melhores talentos para a empresa.
Como combiná-las para criar um pacote de remuneração equilibrado?
Cada empresa precisa analisar sua realidade, identificar em quais setores poderá combinar os dois métodos de pagamentos e definir acordos com os profissionais. De modo que, consiga se diferenciar dos concorrentes por ter uma equipe melhor e mais motivada.
Não há uma fórmula que possa ser aplicada em absolutamente todos os negócios. Cabe aos gestores estudarem as possibilidades e identificar o que é financeiramente viável para o negócio, bem como, perceber o que irá motivar a própria equipe, com o intuito de montar um pacote capaz de trazer os resultados esperados.
Não é simples estruturar um programa de remuneração variável, mas é uma ferramenta que pode fazer toda a diferença no crescimento de resultados da empresa no curto e longo prazo, impulsionando principalmente o crescimento do negócio.
O que a CLT diz sobre remuneração variável?
Para entender a regulamentação da remuneração variável na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), confira como funciona a partir da seguinte tabela:
Remuneração Variável | Participação nos Lucros e Resultados | Comissão | |
Base legal | CLT | Constituição e Lei 10.101 de 19/12/2000 | Lei nº 3.207/57 |
Período de pagamento | Sem restrições | Anual ou semestral | Mensal |
Relação com o salário fixo | Complementa a remuneração fixa | Não complementa a remuneração fixa | Complementa a remuneração fixa |
Oficialização | Contrato específico | Acordo com trabalhadores | Contrato específico |
Base de cálculoTrabalhadores antigos | Metas individuais e setoriais | Lucros e resultados globais | Metas individuais e setoriais |
Encargos trabalhistas | Há incidência integral | Não há incidência | Há incidência |
Tipos de remuneração variável
Atualmente a empresa pode oferecer diferentes tipos de remuneração variável, como é o caso de:
1. Bônus
Bônus se refere a uma quantia paga ao funcionário por ter atingido metas, seja uma meta pessoal ou da equipe.
A quantia pode ser paga mensal, trimestral ou semestralmente, dependendo da política da empresa. Cada negócio estabelece a quantia a ser paga de acordo com uma série de critérios.
2. Comissões
As comissões são um tipo de remuneração variável que praticamente todos os brasileiros conhecem. Frequentemente comissões estão atreladas ao trabalho de venda, como é o caso de corretores imobiliários que são remunerados por comissão. Assim como ocorre com vendedores em lojas dos mais variados segmentos.
3. Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
A PLR ou Participação nos Lucros e Resultados é um programa que é adotado por grandes empresas, como o Bradesco. O objetivo é oferecer uma porcentagem do lucro da organização aos profissionais que fizeram a empresa ter aquele resultado.
Geralmente o pagamento fica estabelecido por um acordo coletivo e todos os membros da empresa são beneficiados em diferentes proporções.
4. Ações e opções de ações
Em alguns negócios os profissionais usufruem da oportunidade de se tornarem acionistas minoritários da empresa.
É um método complexo de remuneração variável, no entanto, gera como resultado a sensação de pertencimento, trazendo uma conexão duradoura entre a empresa e o colaborador. Não é raro que grandes empresas ofereçam esse tipo de remuneração variável.
A Klabin e Santander são exemplos de marcas que remuneram seus profissionais com ações do negócio, trazendo a sensação de ser um pequeno dono daquele negócio no qual a pessoa trabalha todos os dias. Inclusive, é comum que profissionais se aposentem e continuem conservando suas ações.
Diferença entre incentivos de curto e longo prazo
As empresas podem adotar diferentes formas de incentivar a equipe a alcançar resultados.
No caso da remuneração variável, os incentivos de curto prazo são recompensas mais imediatas, oferecidas para o mês, semestre ou ano, aumentando pontualmente o engajamento do profissional. Bônus e comissões, por exemplo, representam incentivos de curto prazo.
Já os incentivos de longo prazo focam em prazos maiores de 3 a 5 anos, como ocorre no cumprimento de metas estratégicas que impulsionam os resultados da empresa e resultam em uma participação nos lucros com valor mais significativo, por exemplo. Portanto, ambos os incentivos podem coexistir.
Uma vez que, a empresa usará os dois tipos de pagamentos para estimular a retenção de talentos e viabilizar o engajamento da equipe, desenvolvendo ações com a melhor performance possível com o intuito de garantir que se tenha uma remuneração acima da média.
Toda empresa pode adotar a remuneração variável?
Sim. Toda empresa pode adotar uma estratégia de remuneração que acha compatível com os objetivos do negócio.
Perceba que absolutamente todo profissional deseja receber um salário justo e ter benefícios a partir de sua performance. Afinal, toda pessoa deseja ter reconhecimento de seus esforços e o salário e bonificações são uma ótima forma de demonstrar esse reconhecimento.
Portanto, as empresas que adotam uma remuneração variável justa conseguem se destacar no mercado. Principalmente se a prática não é habitual no setor em que a empresa atua. Sendo possível reter os melhores talentos do setor a partir do pagamento justo que chama a atenção dos profissionais.
Por isso mesmo, é interessante recorrer ao uso da remuneração variável como uma estratégia de negócio, estabelecendo um programa que seja justo e financeiramente viável para a empresa. De modo que, os profissionais possam se sentir estimulados e reconhecidos à medida em que alcançam suas metas.
Até mesmo as empresas menores podem adotar essa estratégia. Afinal, a empresa efetua o pagamento apenas quando a equipe atinge uma performance pré-determinada, capaz de cobrir o valor a ser distribuído por meio de bônus, comissões e afins. Por isso mesmo, é uma estratégia que cabe no orçamento de todas as organizações.
Quais as vantagens e desvantagens da remuneração variável?
É importante perceber que assim como vários aspectos na gestão, a remuneração variável oferece uma série de vantagens, mas também tem desafios e algumas desvantagens, confira:
Vantagens para as empresas
A empresa usufrui de uma série de benefícios ao disponibilizar a remuneração variável como uma das opções para seus colaboradores, como é o caso de:
- Custo variável atrelado à performance alcançada no período;
- Equipe engajada e motivada;
- A equipe ficará alinhada aos objetivos do negócio;
- Ocorre um aumento da produtividade.
Obviamente todas essas vantagens são acessíveis para a empresa quando ela de fato consegue estruturar um programa de remuneração variável que seja eficiente.
Aspecto que depende diretamente de um plano bem estruturado para que o projeto saia do papel. Caso contrário, as vantagens podem se transformar em desvantagens.
Desvantagens e possíveis desafios
Além dos benefícios anteriormente citados, o modelo de pagamentos também pode desencadear algumas desvantagens e desafios adicionais, nesse caso, é importante estar atento para os seguintes fatores que despontam como preocupantes:
- A remuneração variável é mais complexa de administrar sendo necessário investir em programas para facilitar os pagamentos;
- Dependendo do modelo adotado pode existir competição desleal entre os próprios profissionais da equipe;
- Se a meta não for eficiente a equipe pode se sentir desmotivada por causa da forma como os objetivos são estruturados;
- A empresa passa a lidar com maior grau de incerteza financeira justamente por depender do desempenho que é bastante variável a cada mês.
É importante perceber que estruturar corretamente o processo de pagamentos variáveis faz toda a diferença para obter eficácia, minimizando as desvantagens do modelo e potencializando os resultados que podem ser alcançados a partir dele.
Cada negócio deve considerar sua própria realidade ao implementar uma cultura que estimule os profissionais não apenas financeiramente, mas também promova a convivência harmônica.
Valorizar o desenvolvimento contínuo das carreiras e o alcance de metas é essencial para impulsionar os colaboradores em direção aos melhores resultados.
A remuneração é apenas um dos pontos importantes de reflexão dos gestores para com a equipe. Uma vez que, as empresas que desejam alcançar os melhores resultados do mercado precisam ter a melhor equipe e para isso é importante atrair e reter talentos com um programa de remuneração justo.
Como estruturar um programa de remuneração variável?
Uma vez compreendido que o programa de remuneração variável é uma boa opção para seu negócio, é perfeitamente natural querer estruturá-lo na empresa. Diante disso, é útil seguir um passo a passo que facilite a criação do programa e possibilite que ele seja justo e realmente eficiente. Confira como fazê-lo:
1. Defina o tipo de remuneração variável compatível com o negócio
O primeiro passo a ser pensado é estruturar o tipo de remuneração que será mais atrativo e viável para o negócio.
Afinal, dependendo do nicho em que se atua uma PLR não é interessante, dando vez para cargos comissionados, por exemplo. Cada empresa precisa considerar a sua realidade, porte e usar essas informações para adotar a melhor decisão possível.
De modo que, a remuneração variável escolhida para o cotidiano tenha sentido dentro do negócio e possa realmente agregar ao cotidiano dos profissionais, que terão maior motivação para adotar uma performance acima da média. Uma equipe satisfeita naturalmente performa melhor.
2. Defina metas claras e transparentes
A equipe precisa de metas claras e que realmente sejam alcançáveis.
Uma vez que se traça a meta para que a equipe se esforce demais, aumente o faturamento e mesmo assim não tenha acesso ao benefício financeiro, todos os profissionais vão perceber e se sentir desmotivados pela empresa.
O ideal é traçar metas que sejam realistas, usando o método SMART para criação de metas: específicas, mensuráveis, atribuíveis, realistas e temporais. Dessa forma, a equipe terá na meta um verdadeiro norte a ser seguido, o que faz toda a diferença para a motivação.
Se a equipe conta com metas realistas, equipamentos adequados e condições de trabalho favoráveis, é natural que todos se envolvam no processo, gerando benefícios tanto para a empresa, que alcança suas metas e cresce, quanto para os profissionais, que recebem uma remuneração compatível com o esforço investido.
Os profissionais precisam ter clareza sobre as metas que foram traçadas. O que significa dizer que, é importante comunicar as informações com clareza, tendo convicção de que todos estão cientes de seus papéis para que possam alcançar o resultado pretendido desde o início.
3. Determine quais indicadores-chave de desempenho serão analisados
A equipe de gestão deve determinar quais são os indicadores que acompanharão para avaliar se os profissionais estão alcançando o desempenho desejado.
Dessa forma, é possível comunicar a todos os colaboradores o que será observado. Tendo em vista que, é importante ter esse tipo de informação para que todos deem o seu melhor.
Perceba que a definição dos indicadores-chave é fundamental para que se tenha certeza de que a equipe está realmente se esforçando para alcançar o objetivo inicialmente traçado.
Lembre-se de alinhar tudo para que seja possível alcançar os objetivos do negócio a partir do incentivo oferecido aos colaboradores.
4. Comunique a novidade aos colaboradores
Quando a empresa muda seu modelo de remuneração, é fundamental realizar uma reunião com todas as equipes impactadas, proporcionando todas as explicações e esclarecimentos necessários. Dessa forma, evita-se comentários nos corredores.
A reunião deve transmitir a novidade de forma que contribua para que os profissionais se sintam realmente motivados pela mudança, apresentando-a sob a ótica dos detalhes positivos.
A explicação da mudança na política salarial das equipes deve ser detalhada, e deve-se dar a devida abertura para que os profissionais esclareçam eventuais dúvidas sobre a temática. Todos devem entender como será a remuneração baseada em resultados.
Quando a equipe percebe que se trata de um programa de incentivo, é natural que perceba todos os benefícios atrelados à novidade. No entanto, para que todos saiam efetivamente motivados pelos incentivos financeiros, é necessário que não fiquem dúvidas sobre o tema.
5. Adote o uso de uma ferramenta
É interessante que a empresa adote o uso de ferramentas para calcular a remuneração variável. Uma vez que, a ferramenta evitará erros no pagamento e garante que o processo seja feito com facilidade e transparência. Além disso, a ferramenta ajuda a construir o projeto de remuneração variável.
Uma vez que, o profissional terá a oportunidade de identificar no uso do sistema diferentes variáveis, fazer simulações e perceber realmente se o que está sendo proposto é justo e viável. A partir de então, poderá fazer uma proposta coerente para os profissionais da equipe.
Como se calcula a remuneração variável?
A remuneração variável é calculada conforme métodos estabelecidos pela empresa, respeitando as normas trabalhistas para evitar litígios legais. Para determinar o valor, é crucial definir a contribuição de cada profissional, considerando a hierarquia organizacional.
Por exemplo, em uma agência bancária que adota o Programa de Participação nos Lucros (PLR), a remuneração varia de acordo com a posição, sendo menor para o caixa, intermediário para o gerente administrativo e maior para o gerente geral.
Esse princípio pode ser aplicado em diversas empresas, mas é essencial que a organização possa comprovar a equidade dos pagamentos, mostrando transparência aos colaboradores.
Em empresas menores, é possível personalizar os valores de acordo com as metas individuais atingidas por cada colaborador, embora isso torne a contabilidade mais complexa.
É fundamental estabelecer critérios, pesos e pontuações para embasar os valores pagos, garantindo que cada colaborador se sinta justamente remunerado. Considerando a diversidade nas equipes, é importante evitar disparidades que possam gerar insatisfação entre os colaboradores mais engajados e prejudicar os resultados a curto e longo prazo.
Recomenda-se envolver um profissional de Recursos Humanos no cálculo e desenvolvimento do programa de remuneração, em conformidade com as leis trabalhistas. Consultar um advogado especializado em legislação trabalhista também é aconselhável para revisar o programa e evitar possíveis brechas legais.
Compensação de equipe: uma estratégia que nunca sai de moda
Diante de tudo que discutimos, a remuneração por produtividade é uma estratégia que nunca deixará de ser eficaz quando a empresa a implementa de maneira adequada. O pagamento por realizações conquistadas pela equipe faz parte do processo de garantir que todos se beneficiem ao dar o melhor no período estabelecido.
A remuneração baseada em mérito é essencial para que a equipe se mantenha motivada durante os diferentes ciclos do negócio.
Diante disso, vale a pena identificar quais estratégias de remuneração variável podem ser adotadas no cotidiano de sua empresa, para que os incentivos financeiros ajudem a equipe a chegar aos objetivos desejados.