As carreiras das mulheres alavancaram nos últimos anos em todo o mercado, mas ainda continuam enfrentando diversos desafios.

A pandemia acelerou a transformação das práticas de trabalho, e estamos vivendo uma histórica migração de mão-de-obra e tempos econômicos incertos, nos quais as organizações estão lutando para atrair e reter talentos. 

Na onda de negociações que se segue, se o mundo corporativo estiver confinado às expectativas de gênero do passado, poderemos emergir em uma situação ainda mais complicada e injusta nas carreiras das mulheres. 

Portanto, reunimos alguns mitos que impedem o potencial das mulheres de aproveitar as oportunidades e superar os obstáculos em suas carreiras. 

Afinal, à medida que as organizações redefinem o futuro do trabalho, é hora dos líderes tornarem mais justas as suas negociações com os funcionários.

Boa leitura!

Mitos que afetam as carreiras das mulheres

Existem alguns mitos sobre negociação de vagas que acreditamos dificultar o potencial das carreiras das mulheres para conquistar oportunidades e superar obstáculos no mundo corporativo. 

À medida que as organizações redefinem o futuro do trabalho, é hora de desfazer esses mitos de negociação para que os líderes possam tornar suas negociações com os funcionários mais justas.

Portanto, veja abaixo alguns dos mitos que separamos para discutir sobre as carreiras das mulheres:

Homens negociam e mulheres não

A verdade é que tanto homens quanto mulheres possuem dificuldade para negociar recursos que são contra-estereotipados para eles.

Particularmente, porque são mais propensos a encontrar resistência para negociar tais recursos. 

Seguindo os papéis tradicionais de gênero (que estão em muitos aspectos ultrapassados), os homens buscam o “ganha-pão” e as mulheres cuidam de casa. 

Infelizmente, estes estereótipos se transferem para o local de trabalho. 

Como resultado, as mulheres tendem a ter mais dificuldades do que os homens quando negociam salários mais altos, e os homens têm mais dificuldades do que as mulheres quando buscam acesso a práticas de trabalho favoráveis à família. 

Além disso, os homens de grupos historicamente marginalizados também enfrentam dificuldades na negociação de salários.

Ao longo dos anos, mulheres enfrentaram muito mais desafios e resistência para negociar seus salários do que os homens.

Exemplos de casos focados em  negociação de salário ou mudança de cargo mostraram que os homens relataram mais ofertas e as mulheres relataram negociar mais em torno da família. 

Para a igualdade de gênero, é extremamente importante que as mulheres tenham tanto potencial para negociar seus salários quanto os homens.

Além disso, é importante que os homens tenham tanto potencial para ter acesso a práticas de trabalho favoráveis à família quanto as mulheres.

As mulheres devem sempre negociar seu salário

A segunda concepção errônea sobre as carreiras das mulheres, é que elas precisam negociar seu salário a fim de competir a diferença salarial entre os sexos. 

Um estudo da Robert Half revelou que as mulheres apresentam maior disposição que os homens para negociar a remuneração durante o processo seletivo ou em conversas sobre análise de desempenho e promoção. No Brasil, 66% dos diretores de RH afirmaram que elas são mais flexíveis na negociação.

Este é um fardo injusto para colocar sobre as mulheres, especialmente porque a diferença de remuneração entre homens e mulheres é mais sobre os tipos de trabalho do que sobre as diferenças de remuneração pelo mesmo trabalho.

Além disso, a diferença salarial entre homens e mulheres é calculada comparando os ganhos de homens e mulheres que trabalham em tempo integral, muitas vezes no mesmo cargo.

Os empregos dominados por homens são geralmente mais bem pagos e consomem mais tempo, em média, do que os empregos dominados por mulheres. 

Certamente, há situações em que as mulheres são pagas injustamente, e realmente há necessidade de reaver o salário.

Entretanto, a negociação para o avanço da carreira feminina provavelmente terá um impacto maior na diferença salarial entre homens e mulheres do que a negociação apenas para uma melhor remuneração nas funções atuais.

Portanto, as chaves para fechar a lacuna salarial de gênero são apoiar a progressão da carreira das mulheres para empregos mais bem remunerados.

Além disso, é importante considerar reduzir os custos que os trabalhadores possuem para buscar condições de trabalho favoráveis à família. 

Em outras palavras, é necessário mudar o foco para apoiar as negociações sobre o papel das mulheres e abordar questões de trabalho e família para todos os trabalhadores.

Deixar de pressionar somente as mulheres para que se concentrem apenas nas negociações salariais para todos.

O afastamento social é inevitável nas carreiras das mulheres

Muitas profissionais mulheres pensam nas negociações de carreira com receio de afastamento social.

Por exemplo, serem distanciadas dos colegas ou mesmo de serem afastadas das equipes de trabalho. 

Mas, as organizações podem se proteger através da educação e do estabelecimento de padrões na cultura da empresa. 

Por exemplo, a organização pode educar os gerentes sobre possíveis preconceitos – tais como esperar que os homens, e não as mulheres, sejam as melhores opções para a promoção da carreira.

Além disso, muitas organizações encorajam a resistir ativamente às expectativas de que as pessoas irão ou devem agir de forma estereotipada. 

Por exemplo, as mulheres devem ser modestas em suas ambições ou que os homens devem estar mais preocupados com o trabalho do que com a família. 

Como parte deste treinamento, as empresas devem encorajar empregados e empregadores a pensar amplamente sobre o que pode ser negociado em uma conversa de carreira.

Incluindo papéis, oportunidades, salários, ambição de carreira, horas de trabalho para todos os perfis de colaboradores.

Como as mulheres podem se defender nessa situação?

Embora as empresas tenham a responsabilidade de tornar suas práticas de negociação mais justas, existem também estratégias que as mulheres podem usar para reduzir o risco de contragolpe e aumentar suas chances de sucesso.

As melhores práticas de negociação sugerem fazer duas coisas para ser mais persuasivas e construir um relacionamento. 

Primeiro, explique por que o seu pedido é apropriado e justificado. Segundo, explique por que a sua proposta atende aos interesses de ambas as partes. 

Por exemplo, tente explicar por qual motivo você merece a sua promoção e mostre quais são as vantagens que a empresa pode ter com o seu novo cargo.

Lembre-se de que você possui tanto potencial quanto qualquer outro funcionário, basta mostrá-lo.

 

Aqui você encontra dicas para se preparar para um entrevista de emprego. Sucesso!

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